sábado, 2 de maio de 2015

México me encanta: mochilão pelos estados de Oaxaca e Chiapas.

Por Marina Bravo

Subí montanha e ví água ferver fria em Hierve el Agua.
Ví o sol nascer entre as montanhas pelas estradas de Chiapas.
Passei momentos mágicos nas praias de Oaxaca.
Pisei por pedras Maias e caminhei por antigas cidades
de civilizações que há muito já não vêem suas estrelas no céu.

Abril foi mês de férias para a trupe da UAM e demos uma rodada por esse país encantado.

Começamos pelo estado de Oaxaca. Primeiro na capital, Oaxaca de Juárez, e depois descemos às praias.
O centro da cidade de Oaxaca é lindíssimo e todo preparado para o turismo. Mercados e feiras de artesanato e 'produtos tradicionais'. Provamos mezcal de 50%, delicinha, puro etanol. O chocolate oaxaqueño que, assim como o mezcal é uma das atrações do estado, nos surpreendeu pois não leva leite; a esse  meu conterrâneo não lhe agradou. É que é feito pra botar no leite quente e depois assim o tomam. Mas para mim, uma chocólatra, adorei, e principalmente o amargo. Vale provar, me lembrou um chocolate artesanal que comí na Costa do Cacau na Bahia, mesmo esquema sem leite, pura vida.

A rua do "Corredor Turístico"
Por perto da cidade de Oaxaca se pode visitar, entre muitas outras coisas, as ruínas de Monte Albán e as piscinas naturais de Hierve el Agua. As ruínas estão muito bonitas e fomos aí por um passeio, sem guía nem nada, apenas caminhamos, relaxamos e apreciamos o cenário. A entrada é grátis para estudantes e se pode chegar em van por 50 pesos ida e volta.

La banda casual em Monte Alban
As piscinas de Hierve el Agua não me impressionaram. Estão melhores as que fomos em janeiro, em Tolantongo no estado de Hidalgo. A água em Hierve el Agua, por ironia do destino, estava fria. E além disso trazia uma camada de óleo pelos protetores solares da galera. Fomos numa semana santa e sim estava bem cheio. Em outro momento provavelmente seria um cenário mais paradisíaco. Mas desde aí das piscinas se pode fazer trilhas para chegar a outros pontos da montanha e apreciar paisagens magníficas. Isso foi então o que eu mais gostei em Hierve el Agua, e não a água.

A vista das piscinas desde o ponto onde havia outra nascente de água (fria)
De Oaxaca Juárez para chegar à praia de Mazunte pegamos uma van que cobrava 150 pesos esse caminho de 6 horas em montanha-russa batendo a cabeça no vidro. Essa van chega a Pochutla, que de aí se pode pegar um "pollero" de 10 pesos que te leva a Mazunte em cerca de meia hora. É tudo muito barato em Oaxaca. Ficamos em uma casa de frente pra praia, e os dois quartos que alugamos para nós seis saiu por 400 pesos a noite. Gastávamos menos de 150 pesos por día em Mazunte.
Não quisemos ir a Puerto Escondido, destino tão famoso, exatamente por isso, queríamos algo econômico, calmo e natural. De Mazunte se pode chegar à praia de Zipolite em 20 minutos em um pollero de 7 pesos. Se pode ir a pé para San Agustinillo e para Punta Cometa e a praia de Ventanilla.
Nos emocionamos com o oceano Pacífico :') Oaxaca foi inesquecível, mágico, com bons amigos e tranquilidade. Me senti em casa, nas praias da costa verde e da Bahia.

O pollero
Chegando a Mazunte pela manhã
Punta Cometa, fantástico pôr-do-sol  no Pacífico
Os compas em San Agustinillo
Depois de Oaxaca seguimos direto a Chiapas encontrar o resto da gangue uamera. De Pochutla a San Cristóbal de las Casas, 8 horas no ônibus. Vale lembrar que aproveitamos o desconto em ônibus que os estudantes têm em períodos de férias, metade do preço, e sempre viajávamos à noite para economizar hospedagem e não perder o dia.
Em Chiapas, éramos 18 em uma van percorrendo cascatas e sítios arqueológicos desde San Cristóbal até Palenque. Perto de San Cristóbal está Cascadas de Chiflón, muito bonito, boa caminhada, clima ameno, e essa linda cor turqueza das águas sulfurosas.
De viagem entre San Cristóbal e Palenque visitamos as ruínas de Toniná, enorme, com túneis e tudo; vale a pena ir com um guía pois se aprende muita coisa da história e tradição maia. E visitamos também a Cascada de Agua Azul, bastante turística e cheia, mas com suficiente espaço para nadar, saltar de pedras e relaxar ao sol; e a de Misol-Ha, mais dentro da Selva Lacandona, ou seja, mais verde, lindíssima.
Em Palenque fomos às ruínas da Cidade Maia e fizemos uma pequena trilha por parte da Lacandona que nos derreteu de calor e humidade. Esse sítio arquelógico é de fato uma cidade, cada "edificio" não chega a ser tão grande quanto o de Toniná, mas são muitos e espalhados, e alguns que nem se pode desenterrar porque estão em área de proteção ambiental.

Palenque
Palenque, parte de ruínas na floresta
Cascada Agua Azul
Toniná
Misol-Ha
Chiflón
San Cristóbal de las Casas

Chiapas foi incrível, muita alegria e risadas o tempo todo com essa família uam que formamos aqui. Minha família mexicana.

Depois de Palenque a turma seguiu para a Riviera Maia, mas eu voltei para o DF a despedir de um amigo que voltava pra casa e depois me fui a Guadalajara visitar outra amiga. Tudo isso enquanto Carlito foi pra Guatemala. Nos próximos posts contamos a história, fiquem conectados.

Esse mês de abril me apaixonei por esse México lindo. Me encanta, riquíssimo em cultura e natureza, o povo é incrível também. 
Há muito que quero conhecer ainda. De certo volto outra vez na vida.