Por Marina Bravo
Patrimônios da Humanidade, essas duas cidades do estado de Guanajuato estão carregadas de história. Fundadas no século XVI, ambas se destacam como cidades mineiras e com importante papel na Guerra de Independência do México.
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Don Carlito mexicando na praça do centro histórico de San Miguel |
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Viajar de carro com os amigos não tem preço (economizamos 600 pesos e nos divertimos un chingo) |
Guanajuato nos faz lembrar um pouco Ouro Preto, por ter condições parecidas de cidade mineira, cenário de luta por independencia e por ser também uma cidade universitária. A diferença é que é uma cidade mais plana, sem tantas ladeiras. Mas tem callejones, que são como becos de uma favela só que de aparência colonial. O caminho que sobe o morro até o mirante de El Pípila é um passeio por essas íngrimes e estreitas vielas coloniais.
(Pípila foi um mineiro que ajudou na invasão da Alhóndiga em 1810; ele cobriu as costas com uma rocha e protegeu os demais dos desparos das armas para que adentrassem o edifício)
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Vista do Pípila |
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A galera no edifício principal da Universidad de Guanajuato |
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Catedral de Guanajuato |
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Teatro Juarez
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O início do passeio com a banda universitária pelas callejonadas de Guanajuato
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San Miguel já é uma cidade um pouco menor e mais turística. Mudou de nome em 1826 em homenagem a um herói da guerra da independencia, Ignacio Allende, que era nativo dessa cidade. Assim como nossos insurgentes mineiros, Ignacio junto com Miguel Hidalgo, Juan Aldama e Mariano Jimenéz foram executados e tiveram suas cabeças expostas em um edifício da cidade de Guanajuato (Alhóndiga de Granaditas, um armazém de grãos) por dez anos até a libertação total do domínio espanhol em 1821.
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Chegando em San Miguel de Allende |
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San Miguel |
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Viela de San Miguel |
Na volta de Guanajuato para DF demos uma parada de hora e meia no centro histórico de Querétaro. É uma cidade grande e logo na entrada já tinha um parque enorme com pista de skate e tudo. Como era um fim de tarde de domingo, o centro histórico estava cheio de famílias aproveitando o sol, os sorvetes e as atrações de rua (principalmente palhaços).
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A primeira praça em que chegamos |
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rodeada por prédios do governo e restaurantes. |
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O caminho para a segunda praça, com a igreja ao fundo. |
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A segunda praça, maior, ambiente familiar e com mais comércio. |
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A segunda praça de outro ângulo. A igreja |
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E a terceira praça, mais comercial. Mais para a esquerda tinha uma fonte e um espaço para eventos. |
Tive a impressão de que as cidades mais históricas mexicanas são melhores organizadas que as brasileiras. Com o que se chama
urbanismo ibérico, as cidades coloniais mais antigas foram organizadas com uma centralidade definida a partir do poder político e religioso, e também em acordo com as leis indígenas já estabelecidas. Então os centros históricos dessas cidades têm normalmente uma (ou mais) praça arborizada e circulada por prédios públicos, seja teatro, igreja, palácio da justiça, etc. O que faz o ambiente muito agradável para passeio e contemplação.